“Les restos du coeur” (Jean-Jacques Goldman)

Em 1986, o famoso humorista Coluche lançou sua associação “Les restos du coeur” (Os restaurantes do coração). Chamou o artista Jean-Jacques Goldman que criou a canção para a causa. Até hoje essa música rende dividendos para a associação que continua distribuindo comida para os moradores de rua na França. Vamos estudar a letra?

 

Moi, je file un rancard 

A ceux qui n’ont plus rien

Sans idéologie, discours ou baratin

On (ne) vous promettra pas

Les toujours du grand soir

Mais juste pour l’hiver

A manger et à boire

A tous les recalés de l’âge et du chômage

Les privés du gâteau, les exclus du partage 

Si nous pensons à vous, c’est en fait egoïste

Demain, nos noms, peut-être grossiront la liste

 

Estou marcando encontro

Com aqueles que não têm mais nada

Sem ideologia, discurso ou papo furado

Não lhe prometeremos

Os “para sempre” revolucionários

Mas só para o inverno

O suficiente para comer e beber

A todos os deixado por conta pela idade ou desemprego

Os que não recebem o bolo, os excluídos da partilha

Se pensamos em vocês, é por egoísmo

Amanhã nossos nomes talvez engrossarão a lista

 

Aujourd’hui, on n’a plus le droit

Ni d’avoir faim, ni d’avoir froid

Dépassé le chacun pour soi 

Quand je pense à toi, je pense à moi

Je (ne) te promets pas le grand soir

Mais juste à manger et à boire

Un peu de pain et de chaleur 

Dans les restos, les restos du cœur

 

Hoje em dia não se tem mais o direito

Nem de ter fome, nem de ter sede

Ultrapassado o cada um por si

Quando penso em você, penso em mim

Não te prometo a revolução

Mas só de comer e beber

Um pouco de pão e de calor

Nos restaurantes, restaurantes do coração

 
Autrefois on gardait toujours une place à table

Une soupe, une chaise, un coin dans l’étable 

Aujourd’hui nos paupières et nos portes sont closes

Les autres sont toujours, toujours en overdose

 

No passado a gente sempre guardava um lugar na mesa

Uma sopa, uma cadeira, um canto no estábulo

Hoje em dia nossas pálpebras e nossas portas estão fechadas

Os outros estão sempre, sempre em overdose

 
J’ai pas mauvaise conscience

Ça m’empêche pas de dormir

Mais pour tout dire, ça gâche un peu le goût de mes plaisirs

C’est pas vraiment ma faute s´ il y en a qui ont faim

Mais ça le deviendrait, si on n’y change rien 

 

Não tenho a consciência pesada

Não me impede de dormir

Mas para dizer a verdade, estraga um pouco o gosto dos meus prazeres

Não é bem minha culpa se há quem passe fome

Mas se tornaria se não mudarmos isso

 

J’ai pas de solution pour te changer la vie

Mais si je peux t’aider quelques heures, allons-y

(Il) Y a bien d’autres misères, trop pour un inventaire

Mais ça se passe ici, ici et aujourd’hui

 

Não tenho a solução para mudar sua vida

Mas se eu posso lhe ajudar algumas horas, vamos nessa

Existem outras misérias, demais para fazer um inventário

Mas isso está acontecendo aqui, aqui e hoje

 

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Catherine Henry é francesa de nascimento e de cultura. Ela é professora colaboradora do Método Francês Fluente. Além de dar assistência ao Professor Jérôme Guinet, Catherine escreve os conteúdos do site procurando trazer assuntos variados e interessantes que podem servir de complemento para quem está estudando francês.

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